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Queda de juros eleva procura por financiamento de energia solar

A queda da taxa básica de juros (Selic) tem impulsionado a procura por financiamento de energia solar no Brasil, mostra levantamento do Meu Financiamento Solar. Conforme a fintech, o volume de simulações de crédito cresceu 20% entre novembro e outubro de 2023. Expectativa é que o aumento da confiança dos consumidores possa acelerar o volume de instalações de sistemas fotovoltaicos em residência e empresas em 2024.

“Com a última redução da Selic, o setor solar deve entrar em nova onda de otimismo e crescimento, já que o cenário de queda da taxa de juros resulta em mais facilidade de contratação de financiamento pelos clientes, além de reduzir do tempo de retorno do investimento”, destacou a diretora do Meu Financiamento Solar, Carolina Reis.

Entre setembro e janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil promoveu quatro reduções na Selic, que caiu de 13,75% para 11,25% no período. Os cortes são justificados principalmente em razão da trajetória de queda da inflação no país. A mais recente projeção do Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central em 09 de fevereiro, estima que a Selic deverá encerrar o ano em 9%.

Em dezembro, durante o Encontro Nacional Absolar, realizado em São Paulo (SP), o CEO da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, explicou que a alta de juros e a restrição de crédito são fatores de grande impacto para o mercado de geração distribuída (GD), segmento que permite que consumidores produzam a própria eletricidade por meio de placas solares.

Na ocasião, o dirigente avaliou positivamente a continuidade da redução da taxa básica de juros. “Isso vai influenciar o barateamento do custo de crédito e de capital. Sabemos que o setor solar depende do financiamento. As pessoas não compram energia solar à vista.”

A pesquisa trimestral de condições de crédito, publicada pelo Banco Central na última quinta-feira (15/02), indicou cenário mais favorável para todos os segmentos no primeiro trimestre de 2024, incluindo linhas de consumo para pessoas físicas.

A análise indica melhora na percepção sobre o nível de comprometimento de renda do consumidor, o nível de emprego/condições salariais, a inadimplência e a tolerância ao risco. Também existe expectativa de redução na inadimplência do segmento pessoa física em reação ao quarto trimestre de 2023.


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