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Gasolina subiu 9,8% na comparação anual e etanol avançou 4%, diz ValeCard

A gasolina registrou preço médio de R$ 6,034 por litro em junho, alta de 4,1% na comparação com janeiro e avanço de 9,8% ante junho do ano passado, segundo pesquisa realizada pela ValeCard, empresa de meios de pagamentos especializada em soluções de mobilidade.

Já o etanol hidratado, seu concorrente direto nas bombas, somou preço médio de R$ 3,969 por litro em junho, alta de 10,45% na comparação com janeiro e avanço de 4,03% ante junho de 2023, mostrou a pesquisa feita com base em transações feitas em mais de 25 mil postos de combustíveis credenciados em todo o país.

Por sua vez, os preços do diesel S10 aumentaram quase quatro vezes mais que a inflação nos últimos 12 meses nos postos, segundo a ValeCard. Em junho, o valor médio do combustível fóssil somou R$ 6,158 o litro, alta de 15,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Nesse período, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontou um avanço de 4,23%, disse a ValeCard.

Para o professor do instituto de economia e relações internacionais da Universidade Federal de Uberlândia, o economista Benito Salomão, que participou da Pesquisa da ValeCard, os preços estão sendo impactados por uma política de reoneração.

“Cabe salientar que, em 2021 e 2022, alguns impostos, inclusive os estaduais, foram zerados. Diversas unidades da federação, buscando equilibrar suas contas, retomaram a cobrança desses impostos”, disse Salomão, em nota.

Em contrapartida, o valor médio do diesel S10 em junho ficou 0,37% abaixo do valor médio registrado em janeiro deste ano. No acumulado de janeiro a junho, o IPCA registrou alta de 2,49%.

A leve variação do diesel neste ano ocorreu em um cenário em que a Petrobras, principal fornecedora do combustível fóssil do Brasil, manteve o valor médio do combustível vendido por suas refinarias a distribuidoras sem ajustes até agora, conforme ressaltou a ValeCard.

Mas os preços nos postos sofrem outras influências além da estratégia comercial da Petrobras, uma vez que o Brasil é abastecido também por refinarias privadas e importações. Além disso, o valor dos combustíveis praticado nos postos é impactado por misturas de biocombustíveis, margens de distribuição e revenda e impostos.


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