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aviação sustentável com etanol de milho

A primeira usina do mundo a utilizar etanol de milho para produzir combustível de aviação com menor impacto de poluição foi inaugurada nos Estados Unidos, um desenvolvimento que os produtores do grão em Iowa e os produtores de biocombustíveis dizem ser um alerta para acelerar a descarbonização.

A LanzaJet, sediada em Illinois, apresentou formalmente sua instalação de US$ 200 milhões em uma área rural do estado da Geórgia em um evento na quarta-feira, 24, com investidores, incluindo a Suncor Energy e a International Airlines Group (IAG), holding da British Airways, além do secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack, e autoridades locais.

A usina, que recebeu fundos do governo dos EUA, planeja usar biocombustível feito tanto de matérias-primas tradicionais, incluindo milho cultivado nos EUA, quanto de tecnologias avançadas, disse o CEO da LanzaJet, Jimmy Samartzis, em uma entrevista.

Localizada em Soperton, a instalação produzirá 10 milhões de galões de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês) e diesel renovável por ano. O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu pelo menos 3 bilhões de galões de produção geral de SAF anualmente até 2030.

A IAG investiu na LanzaJet em 2021 e disse que planeja levar a tecnologia para o Reino Unido. O governo britânico estabeleceu a meta de ter cinco usinas de combustível de aviação sustentável em construção até 2025.

“A usina de etanol para combustível de aviação da LanzaJet nos EUA é uma demonstração de como o apoio do governo e o investimento em tecnologias verdes podem ajudar a tornar a aviação mais sustentável”, disse o CEO da IAG, Luis Gallego.

A abertura da usina na Geórgia levou grupos de Iowa a alertar que agricultores e fabricantes de etanol no principal estado produtor de milho dos EUA correm o risco de perder a chance de lucrar significativamente com o mercado em desenvolvimento para combustível de aviação sustentável, ou SAF.

“Nenhuma usina de etanol de Iowa atualmente possui uma pontuação de intensidade de carbono baixa o suficiente para se qualificar como ingrediente para fazer SAF”, de acordo com um comunicado da Associação de Biocombustíveis Renováveis de Iowa e da Junta de Promoção de Milho de Iowa.

Em contraste, o Brasil, que principalmente produz etanol a partir de cana-de-açúcar, entrega mais de 7 bilhões de galões de etanol com uma pontuação de carbono esperada para se qualificar para a produção de SAF, disseram os grupos.


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