Ainda que os fundamentos de mercado deveriam sinalizar um movimento de recuperação na cotação do etanol, o que vimos de fato foi mais uma semana de ajustes para baixo nos preços. Necessidade de abertura de espaço nas tancagens e início de mês demandando caixa rápido, foram os principais motivos para que as cotações principalmente para o etanol hidratado tivessem preços menores do que os praticados na semana anterior.  Anidro por sua vez com demanda bem restrita no mercado spot, com distribuidoras dando preferência para a retirada dos volumes de contrato.

 

Segundo dados divulgados pela ANP no dia 2 de setembro, foi verificado que em julho a demanda por etanol no Brasil alcançou 1,75 bilhão de litros, um aumento de 49,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado de janeiro a julho, as aquisições de etanol somaram 12,5 bilhões de litros, registrando um crescimento anual de 53,1%. A participação de mercado do etanol subiu para 24,9% em comparação com 20,8% no ano anterior.

 

A demanda por combustíveis do ciclo Otto em julho chegou a 4,97 bilhões de litros, representando um aumento anual de 7,7%. Em São Paulo, a demanda por etanol foi de 810 milhões de litros, com um aumento anual de 33,4%, e a participação do etanol no ciclo Otto subiu para 42,9%. O consumo de etanol hidratado no estado, no acumulado do ano, alcançou 5,92 bilhões de litros, uma alta de 36,4% em relação ao ano anterior.